O crescente número de profissionais a atuar na área do coaching, com diferentes níveis de experiência e formações de base distintas, torna premente a existência de um método consistente e frequente de supervisão que contribua para uma maior qualidade e melhor reputação da profissão.
O coaching é uma metodologia de desenvolvimento pessoal que, através da utilização de diferentes recursos, técnicas e ferramentas, aliadas a diversas áreas de conhecimento, como a Psicologia, os Recursos Humanos, a Gestão de Tempo, a Comunicação Positiva, a Programação Neurolinguística (PNL), entre outras, contribui para gerar mudanças em quem dela beneficia.
Com cada vez mais adeptos, o coaching está a generalizar-se um pouco por todas as áreas de atuação. E se, por um lado, isto prova a utilidade e eficácia desta metodologia, por outro, traz consigo responsabilidades acrescidas no que diz respeito à credibilidade de quem atua neste domínio.
O que é a supervisão em coaching?
A supervisão em coaching é, como noutras áreas de atuação, uma prática de aprendizagem baseada no acompanhamento, neste caso, do coach por um profissional experiente, preparado para fornecer orientações teóricas e técnicas que contribuem para o desenvolvimento contínuo do coach supervisionado, ajudando-o a rever as suas competências, abordagens, modelos e perspetivas sobre casos reais da sua prática.
Neste sentido, a supervisão em coaching pretende, então, desenvolver as capacidades do coach de forma a que este atinja níveis mais elevados de desempenho em benefício dos seus coachees.
Porque é que o coach também deve ser coachee?
O coach, antes de ser um profissional, é um ser humano e, como tal, tem as suas próprias fragilidades que, eventualmente, podem contribuir para algumas dificuldades de atuação em áreas mais sensíveis nas quais ele próprio tenha competências em falta, pois a verdade é que todos temos algumas competências por desenvolver em determinada área da nossa vida.
É aqui que a supervisão assume maior importância, pois permitirá revelar pontos cegos na prática de coaching, melhorando a autoconsciência do coach, potenciando as suas competências e providenciando suporte emocional para que ele possa lidar com os desafios da profissão.
A supervisão surge, assim, como facilitadora de um ambiente seguro para o coach partilhar os seus sucessos ou fracassos enquanto vai melhorando a forma como trabalha com os seus coachees. A supervisão é, portanto, um espaço de reflexão e crescimento profissional.
E não é apenas quem está a começar que deve ter um coach a supervisionar a sua prática. A supervisão destina-se a todos os coaches que pretendam elevar os seus níveis de desempenho e receber um feedback fidedigno. Afinal, o seu desenvolvimento profissional só é possível se o coach se encarar a si mesmo como um eterno aprendiz.
Vantagens da supervisão em coaching
A supervisão permitirá ao coach um desenvolvimento mais rápido do seu percurso profissional potenciando as suas competências e, consequentemente, os seus resultados, mediante o benefício de um alargado conjunto de vantagens, entre as quais se destacam:
- Acompanhamento de um profissional experiente que apoia o coach na adequação das ferramentas e estratégias a adotar nos diferentes casos e desafios dos seus coachees, fornecendo-lhe feedback de alta qualidade;
- Aprendizagem e desenvolvimento contínuos:
- Desenvolvimento de competências que permitem ao coach relacionar mais eficazmente os conhecimentos teóricos, que adquiriu durante a sua formação, com a sua prática no trabalho com os coachees;
- Promoção de um processo de autodescoberta em simultâneo com a evolução profissional;
- Maior adequação do coach aos propósitos dos seus coachees;
- Maior segurança e equilíbrio emocionais do coach;
- Melhoria da confiança e da autoestima do coach no exercício da sua profissão;
- Identificação de pontos de melhoria e oportunidades no processo de coaching.
Como escolher um supervisor em coaching?
O supervisor é um facilitador da aprendizagem que permitirá ao coach desenvolver as suas forças e identificar e corrigir vulnerabilidades.
Dotado de uma vasta experiência adquirida quer pela formação de outros coaches quer pela sua própria prática, o supervisor deve atuar no sentido de chamar a atenção do coach para as competências que tem mais desenvolvidas e aquelas que ainda precisa de trabalhar.
Procurar alguém com conhecimentos sólidos de inteligência emocional é bastante importante, bem como com experiência na área do desenvolvimento de carreira e orientação profissional, para que possa contribuir para uma maior consciência do coach sobre si próprio enquanto profissional e ajudá-lo a tomar as rédeas da sua própria carreira, desenhando o seu futuro e definindo objetivos concretos.
Concluindo, a supervisão surge, então, como “um sintoma da profissão que emerge como parte para assegurar boas práticas. É uma evolução natural de como estamos no negócio do coaching.” (Shwenck, 2007, in i-coachacademy)
Baseada na colaboração mútua, na autoaprendizagem e em práticas reflexivas, a supervisão permite ao coach encarar o seu trabalho com um olhar crítico que lhe traga novas perspetivas à sua atuação.
O fim último da supervisão, enquanto apoio prático, dinâmico e orientado, será, portanto, elevar o nível de competências do coach e, assim, melhorar a prestação de serviços aos coachees, ajudando-os a conseguirem os resultados desejados, de uma forma mais rápida e mais eficaz, maximizando o seu sucesso.
Ao apostar no seu próprio desenvolvimento enquanto profissional, o coach está a contribuir para o desenvolvimento de todos os que escolhem trabalhar consigo, promovendo a qualidade crescente dos serviços que presta e assegurando as melhores práticas na área.É exatamente por prezarmos o profissionalismo e a qualidade que, apostamos na formação e na melhoria contínua dos serviços que prestamos, com a supervisão regular dos nossos colaboradores, garantindo, assim, aos nossos coachees os melhores resultados através da aplicação das melhores técnicas multidisciplinares de coaching, programação neurolinguística e psicologia das emoções.
