Se quer investir em si e no seu desenvolvimento pessoal, estas perguntas para autoconhecimento vão ajudá-la.
Mas, antes de irmos às perguntas, gostava de esclarecer um ponto importante consigo.
Habitualmente, o interesse pelo desenvolvimento pessoal surge na sequência de um evento de vida, ou uma sucessão de eventos, que nos levou a questionar a forma como vivemos. Às vezes, pode ter sido algo muito impactante, como uma doença – ou a perspetiva de uma doença – ou a perda de alguém próximo, mas pode também ser um constante sentimento de inadequação, irritação ou frustração – na vida pessoal ou profissional.
Como foi consigo?
Além disto, para pessoas que valorizam a excelência e querem dar sempre o seu melhor, o autoconhecimento pode também surgir como forma de melhorar a performance, ser mais produtiva e conseguir alcançar objetivos ambiciosos.
Mas é aqui que surge um problema.
A Armadilha do Autoconhecimento
Muitas vezes, estas intenções de melhorar a performance, ser mais produtiva e alcançar objetivos ambiciosos andam de mãos dadas com a necessidade de reconhecimento.
E note, está tudo bem em querermos ser reconhecidas.
Se trabalhamos, se nos dedicamos e esforçamos e damos o nosso melhor, é natural gostarmos que os outros reconheçam isso em nós e nos elogiem.
O problema surge quando acreditamos que só temos valor quando fazemos as coisas (sempre) bem e temos esse reconhecimento externo.
Então se, por um lado, esta necessidade de reconhecimento é normal; por outro, não é saudável que essa necessidade ponha em causa o seu valor e a sua autoestima e, muito menos, que a sua motivação para investir em si e no seu desenvolvimento pessoal seja para agradar aos outros.
Porque, se assim for, não é (só) por responder a perguntas para autoconhecimento que vai encontrar as respostas que procura.
Obstáculos ao autoconhecimento
Por mais determinada e capaz que seja, há em todos nós certos obstáculos internos que podem ser difíceis de superar sem a orientação e suporte adequados. O autoconhecimento profundo, muitas vezes, envolve enfrentar aspetos complexos e emocionalmente desafiantes da nossa própria mente, padrões de pensamento enraizados e crenças limitadoras.
Cegueira para Padrões Subconscientes
Trabalhar sozinha no seu autoconhecimento pode levar a uma cegueira involuntária para padrões de pensamento e comportamento subconscientes que podem estar profundamente enraizados. Um olhar externo, como o de um profissional especializado e credível, pode trazer à tona esses padrões, proporcionando-lhe uma compreensão mais completa e clara do que se passa na sua mente.
Narrativas Viciadas
Às vezes, estamos tão imersos nas histórias que contamos a nós mesmas que é difícil ganhar uma perspetiva objetiva sobre o que nos acontece. Um profissional pode oferecer uma visão externa, desafiando as nossas suposições e proporcionando-nos insights valiosos que se podem perder quando trabalhamos o nosso autoconhecimento sozinhas.
Desafios emocionais
Quando mergulhamos nas nossas crenças e nos nossos valores e na forma como eles impactam o nosso dia a dia, surgem inevitavelmente alguns desafios emocionais. Às vezes, não gostamos do que descobrimos… é mesmo assim. Então, enfrentar desafios emocionais profundos pode ser extremamente desgastante (e até contraproducente) sem o apoio adequado. Ter um coach ou um mentor dá-lhe não só suporte emocional, como também lhe sugere estratégias práticas para superar obstáculos, tornando o processo mais eficaz e mais leve.
Procrastinação
Quando nos envolvemos num processo de autoconhecimento sozinhos, a falta de uma pessoa a quem prestar contas pode resultar em procrastinação ou na falta de uma direção clara. Um profissional pode ajudá-la a manter-se no rumo certo, com uma abordagem estruturada e personalizada.
Agora, se me perguntar: Estes obstáculos são impeditivos de um processo de desenvolvimento pessoal “por conta própria”?
A minha resposta é Não.
O que lhe quero dizer é que reconhecermos o momento em que a ajuda externa é necessária é um sinal de sabedoria e autoconsciência.
Afinal, é um passo corajoso procurar o apoio de alguém que compreende os desafios e as nuances destes processos para enriquecer e fortalecer o seu caminho de autoconhecimento.
E tanto que defendo que podemos começar sozinhos esta jornada que lhe trouxe estas perguntas para a ajudar a dar os primeiros passos.
6 Perguntas para autoconhecimento
As perguntas que se seguem têm como intuito ajudá-la a ganhar clareza sobre os seus padrões de pensamento e comportamento e, por consequência, apoiá-la nos primeiros passos para se libertar de crenças limitadoras.
Uma prática regular de autoquestionamento vai permitir-lhe assumir o controlo das histórias que conta a si mesma, identificar áreas de crescimento e construir uma base sólida para o seu autoconhecimento.
Então, ao responder a estas perguntas, começará a derrubar as barreiras internas que afetam a sua autoestima e até os seus relacionamentos.
Vamos a isto?
1. Qual é o seu maior medo em relação ao fracasso e como é que ele tem impactado as suas decisões e ações?
(Esta pergunta vai permitir-lhe explorar os medos que podem estar a limitar o seu progresso. Ao identificar esses medos e compreender porque surgem, ganha a capacidade de transformar obstáculos em oportunidades de aprendizagem e crescimento.)
2. Quais são as situações em que dá por si a adiar metas devido à falta de confiança nas suas capacidades?
(Ao identificar situações concretas em que a sua autoconfiança vacila, vai receber insights valiosos sobre os pontos que precisa de fortalecer. Assim, poderá delinear uma estratégia para construir e consolidar a sua confiança.)
3. Como é que pode reconhecer e celebrar as suas conquistas, mesmo as pequenas, sem cair na armadilha do perfecionismo e da autocrítica?
(Com a resposta a esta pergunta, estará a romper com padrões de autoexigência desmedida, abrindo espaço para a autocompaixão e para o reconhecimento positivo. Afinal, a celebração das conquistas é essencial para construir uma base sólida da autoestima.)
4. Em que situações é que se compara com os outros? De que maneira é que essa comparação impacta a sua autoimagem e a sua capacidade de se assumir como única e especial?
(Esta pergunta traz à luz da consciência os efeitos negativos da comparação constante e abre espaço para que se aceite e aprecie a sua singularidade. Isto vai ajudá-la a construir uma autoimagem mais robusta e resistente às pressões externas.)
5. Quais são as suas verdadeiras motivações por detrás da busca pela perfeição? Como é que pode redefinir a excelência sem cair na armadilha do perfecionismo?
(Esta questão ajudá-la-á a explorar as motivações que estão por detrás da busca pela perfeição, apoiando-a numa redefinição saudável das suas metas e padrões e criando oportunidades para o progresso contínuo.)
6. De que forma é que o seu medo da mudança tem impactado o seu crescimento pessoal e profissional?
(Entender eventuais resistências à mudança é fundamental se quer sair do lugar onde está e avançar em direção aos seus objetivos. Com este conhecimento em mãos, terá clareza sobre as áreas que lhe pedem flexibilidade e adaptação e poderá agir em conformidade.)
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Resumindo…
Ao explorar estas 6 perguntas para autoconhecimento, estará a dar passos significativos em direção ao seu desenvolvimento pessoal e a uma autoestima mais forte.
No entanto, e reconhecendo a importância do autoconhecimento neste processo, é essencial que compreenda que, embora seja possível começar por conta própria, o apoio de um profissional pode ser a escolha mais acertada para superar de forma eficaz os obstáculos internos que possam surgir.
Saber reconhecer a necessidade de ajuda externa revela inteligência, pois acelera o processo e torna-o mais prazeroso.
Investir em si é um ato corajoso. Conte comigo quando precisar.